Review detalhado de cada produto, pelo músico Danilo Alvarenga.
“As cordas de guitarra como eu disse anteriormente, entre 6 e 7 meses foi o limite dela em alta performance; ela aguentou uma média de 3 shows por mês durante esse tempo, uma média total de 8 gravações em estúdio que fiz tanto pra outros artistas como pra vídeos, e afins, Em aula eu não consigo contabilizar, porque a guitarra que instalei ela eu não uso para aulas somente uso para apresentações e gravação, as que estão na minha guitarra de aula, simplesmente duraram um mes a menos em uso mais intenso e desempenhando em alta performance. Na minha guitarra principal eu tive a infelicidade de estourar uma corda Mi aguda em um ensaio, mas essa foi por vacilo meu mesmo, (então não conta). Saldo, uma das minhas cordas extras (a Si) ainda “sobrevive” intacta! Quanto as cordas… Bem elas só soam mais aveludadas após mais velhas, mas isso ouvidos mais clínicos percebem e em estúdio vc nota, ao vivo é imperceptível (eu curto essa característica um pouco mais aveludada que a corda vai adquirindo, porém se perde o brilho rápido de mais também não é tão legal), porém ela levou pelo menos uns 20 dias até começar a dar um decréscimo de brilho e manteve o som de corda nova pelo menos por mais uns 40 dias ainda, eu levei as cordas até agora em janeiro porque eu queria provar por B+C pra mim mesmo, que elas realmente aguentam o tranco noite após noite e uso intenso. A pegada é a mesma, a corda simplesmente não apresenta ponto de ferrugem, e acredito eu que nessa altura do campeonato ela não vai mais enferrujar, não comigo pelo menos… Então a corda de vocês pelo menos para mim; não enferruja. Ponto positivo, pois o modelo anterior ao sistema DLP que eu usei, enferrujou. A vantagem das cordas não enferrujarem é uma maior durabilidade não só da corda como de trastes (sim, isso é a longo prazo, eu sei), mas geralmente cordas que enferrujam mais, tendem a amassa-los exigindo constantemente a retifica de trastes que nada mais é do que uma especie de desbaste leve para eliminar as ondulações que esses amassados causam gerando desafinação e etc, caso vc não troque e insista em mais de 30 dias com cordas que tendem a enferrujar mais rápido elas te dão esse problema e você provavelmente terá mais precocemente que trocar seus trastes (numa média trastes de guitarra duram de 15 a 20 anos quando muito bem cuidados, de boa qualidade e com a manutenção em dia. Com cordas que tendem a enferrujar essa média provavelmente cairia drasticamente pra 8 ou 10 anos no máximo), lembrando que a regra não vale para trastes de inox esses não amassam e é uma novidade no mercado porém com um custo beneficio meio fora de mão. Então pelo menos no meu ponto de vista tanto o aço de guitarra como o de violão, tem mais essa economia pois vc trocará menos de corda a curto prazo e a longo prazo a sua manutenção será mais barata (isso dos trastes inclusive é um gancho de venda meio valioso, pouca gente sabe o que o vilão desse “amassado” dos trastes e atribuem isso só ao uso do instrumento). Além de ser uma corda nacional com um custo que bate as cordas gringas, eu acredito que tenha mais essa vantagem na economia com a manutenção onde o músico pode segurar a bronca um pouco mais de tempo sem dar manutenção ou sem trocar de corda a cada 15 dias ou a cada 30 ou três meses dependendo da frequência de uso, claro o recomendado pra quem vai gravar coisas é usar cordas mais novas sempre, porém como eu disse, usei meus trabalhos e clientes como “cobaia”, e deixei eles cientes disso, eu literalmente coloquei meu trabalho “na mesa”, mas foi por uma boa causa; “Tudo pelo bem da ciência” (risos).
Sobre as cordas de Violão aço que eram exclusivas para teste ou algo assim, a durabilidade se aplica, porém eu senti uma falta de corpo nos bordões eles soaram mais brilhantes, eu geralmente procuro características um pouco mais veladas pro timbre do violão de aço e com mais graves no bordão, os agudos eu achei legal a característica mais cristalina, pra quem curte essa característica de violão de aço menos pronunciado é legal e acho que vale a pena investir, grandes marcas tem cordas de bronze revestidas de nickel, eu ainda prefiro a característica mais flat das phosphor bonze, porque isso me da mais liberdade de escolher que timbre eu quero na escolha de microfones (em estúdio eu sempre uso assim nunca em linha), e ao vivo eu compenso o que ta faltando no EQ da mesa de som e quando sinto falta de alguma frequência, eu mexo no no pré do violão, então cordas com sonoridade mais “flat” e equilibradas me dão essa liberdade, em termos de conforto, as cordas de violão são como cordas de guitarra 011, assim em teros de o peso para tocar, é algo entre o 010 e o 011, cordas agudas bem leves pra tocar, bordões bem confortáveis, e na parte do conforto elas ganharam pontos. Meu primo mais novo mesmo testou elas e depois ele queria levar meu instrumento emprestado, porque ele adorou o conforto.
Com questão as cordas de nylon…
Eu estou francamente muito surpreso, nunca vi um nylon que afina e assenta a afinação tão bem, esse tipo de corda por ser mais “mole” tem um segredo na colocação além das tradicionais amarras, que você faz na tarraxa do instrumento e da colocação ter de ser um “carretel” perfeito no poste da tarraxa, você tem de afinar o violão pelo menos um tom acima cada corda para depois ir dando puxadas leves na corda, e conforme ela vai cedendo e chegando no lugar vc pode ir afinando as outras e esperando pra ver se ela mantem, então é um processo longo e mais demorado um pouco. porém fazendo dessa forma a chance de cair a afinação e da corda ter mais desempenho sem “torcer” é maior.
Ponto positivo também pra projeção sonora, eu achei o som do nylon de vocês muito cristalino e é exatamente o que procuro nesse tipo de violão, outro ponto positivo, geralmente depois de uns dias as demais cordas desse naipe, começam a apresentar pontos mais escuros, vai pra 4 semanas que coloquei elas e até agora eu to procurando os pontos escuros que começam a aparecer, o som naturalmente ficou um pouco mais aveludado o que é normal (eu inclusive gosto disso principalmente pra nylon evidencia um pouco a clareza dos graves), então no geral.
De 0 à 10 eu diria que pras cordas de guitarra da solez eu (opinião particular) simplesmente nao mexeria em nada, é um produto acessível pro publico, a maioria dos meus alunos tem usado essa marca, ou seja aproximou muito pra realidade deles a qualidade de ter algo de nível profissional ao alcance, por um preço praticável. Quando geralmente quem ta começando tende a ter um pouco de trabalho com esse assunto. E ao meu ver, em time que ta ganhando não se mexe, deixem o DLP ele é “LINDO”, pra quem vai tocar e funciona muito bem (risos), caiu como uma luva não só pela durabilidade, mas pelo conforto também, eu confesso vocês me deixaram um pouco “Mal acostumado” com essa tecnologia, porque cordas que eu adorava antigamente, simplesmente hoje eu estranho…
As cordas da groove eu nao citei no comentário acima, mas eu entendi a proposta dela, e é bem legal, porém ela é um pouco menos confortável que a Solez, mesmo estando no mesmo calibre. E detalhe ela tende a escurecer e suar a flanela mais rápido. De 0 a 10 eu diria que 8,0, custo benefício bom, pegada razoavelmente confortável e projeção sonora honesta. Ela cumpre bem o papel ao qual ela se propõe. O lado bom é que a diferença em reais, delas pra solez pelo menos pelo que pesquisei na internet… Não anda tão mais alto, então por alguns reais a mais o cara que for comprar pode adquirir cordas com a tecnologia DLP. Isso da mais opção de mercado pra vocês e abrange mais gente também, o que é ótimo.
Sobre as cordas de violão Aço de 0 a 10 eu avaliaria com 8,5.
Bom conforto, boa durabilidade e pegada, porém a sobra de consequências que eu senti no meu instrumento me deixou mais cauteloso um pouco com a equalização, nada que prejudicasse, porém me exigiu um pouco mais de cautela.
Sobre o Nylon de 0 a 10
Eu diria que 10 também, simplesmente uma boa corda a preços acessíveis, claro apesar de ser nylon uma coisa deve ser levada em conta, corta de nylon tem duas categorias além dos que ja se conhece o famoso tensão “media, alta e baixa”, na verdade o que a maioria das empresas como D’addario e Ernie Ball que meio que ta pegando essa onda de corda de nylon agora (eu particularmente ja testei e não curti muito, cordas escuras eu não sou muito fã); eles na verdade tem 3 versões de uma mesma linha eu não testei todas. Em fim essas empresas tem cordas de apelos mais pra violão popular do que propriamente erudito, e quem me comentou isso foi um professor de violão que trabalha comigo, que ficou surpreso com a sonoridade das cordas de vocês de violão inclusive, eu mostrei pra ele justamente buscando uma opinião mais clinica de alguém de fora do meu estilo e forma de toca, ele disse que pra quem trabalha no ramo de concertos e camaretas de violão como ele faz, não é muito comum, usar cordas de apelo que seja mais popular no instrumento até por causa da exigência que eles tem com essas cordas, em média cordas “normais”, na mão deles duraria menos que na minha por exemplo, ele me deu alguns exemplos e mostrou encordoamentos que ele usa que beiram aos 200 reais por serem importadas da Europa, mas que são especificas para aquele tipo de performance que ele precisa e geralmente não vem com uma mi extra como nos guitarristas tanto adoramos, e sim uma corda ré extra porque é o que ele mais alga estourar além do que ele mostrou e elas são visivelmente mais “duras” de se tocar devido a tecnologia delas. Ai ele me comentou que na realidade pra violão popular ele sempre usa cordas mais em conta e acessíveis e curtiu, porque achou que a sonoridade de vocês se aproximou muito do que ele ta acostumado no violão de trabalho dele. ”
Danilo Alvarenga – Músico